Como manter a perseverança após uma experiência de fracasso na advocacia

Sucesso e fracasso são atributos de um projeto. Renato Fonseca de Andrade explica em seu livro “Conexões Empreendedoras”: “Quando uma pessoa consegue realizar diversos empreendimentos exitosos, costumamos dizer que é um empreendedor bem-sucedido. Sucesso e fracasso são apenas novas oportunidades de aprendizado.”

Na advocacia não é diferente em relação aos advogados bem-sucedidos em sua carreira. Mas, para chegar ao sucesso, com centenas de clientes e causas, foi necessário percorrer toda uma trajetória, durante décadas. Na advocacia o sucesso exige dedicação exclusiva em tempo integral que estimo em não menos do que dez anos de exercício da profissão.

Cito como exemplo de fracasso que foi um aprendizado na carreira de um advogado, o caso de um conhecido meu em Brasilia. Logo após a sua aprovação no Exame da OAB, iniciou um projeto para abrir o seu primeiro escritório de advocacia em um endereço nobre da cidade, o que lhe exigiu um alto investimento em reforma da sala, móveis, equipamentos e decoração para o escritório começar a funcionar e a receber os clientes.

Apesar de ter procurado informações e realizado cursos sobre empreendedorismo e ter formatado um plano de negócios, como manda os consultores e “experts” no assunto, doze meses após a abertura do escritório ele fez as contas e chegou á conclusão que era melhor fechar o escritório. O custo fixo era alto (salário da secretária, impostos, aluguel, condomínio, energia, material de escritório, etc), chegava ao valor de R$ 3.800,00 mensais. O volume de clientes era baixo e os honorários, muitos deles recebia somente no final da ação, já estava consumindo todo o capital de giro. Sim, ele tinha capital de giro, o que normalmente a maioria dos advogados iniciantes não possuem ou não se preocupam quando vão abrir o escritório.

Apesar de ter havido planejamento antes da abertura do negócio, faltou planejamento estratégico em relação à área da advocacia em que atuaria. Para pagar as contas, aceitava qualquer tipo de causa e clientes, sem se especializar em uma área em que pudesse ter mais clientes qualificados e causas mais vantajosas financeiramente.

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