Quanto você cobra, Doutor?

Quando tratamos da questão “contratação de advogados”, percebemos que quem está contratando, muitas vezes, se vê numa posição bem confortável, já que dispõe de uma série de opções, especialmente quando se está à procura de um serviço tão amplamente ofertado, como é o caso de uma ação de divórcio.

A Dra. Marcia, advogada de família, nos relatou um drama muito comum entre advogados brasileiros e resolvemos compartilhar sua história para abrir o debate sobre honorários dignos. Eis a mensagem:

“Olá Dra. Thaiza, bom dia

Sou advogada ha 3 anos, e há dois meses atendi uma cliente em processo de divórcio, que relatou estar separada do ex-marido por motivo de traição, sendo o ex-cônjuge, empresário bem sucedido. Ela chorava muito com o bebe no colo e dizia não ter profissão, o que me comoveu a atuar recebendo parte da sua pensão provisória. Foi a primeira vez que me vi nessa situação, geralmente cobro antecipadamente nesses casos.

Acontece que quando começamos a instrução do caso, descobri que o ex-marido estava falido, o processo era o mais litigioso do universo e a cliente passou a me ligar quase que diariamente para relatar ameaças e abusos.

Pensei em tentar negociar, mas estou em dúvida sobre quais fatores levar em consideração, qual abordagem utilizar, etc.

Tem alguma sugestão? Qual seria a melhor maneira?

De todo modo, obrigada.

Dra. Marcia.”

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